quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quero viver no admirável mundo novo

Onde as pessoas não sentem
Não se apegam.
Não amam.
Não são pessoas.
São robôs orgânicos, que não sofrem.
São práticos e funcionais como um pedaço de lata, incapaz de sentir.
Eu revindico o direito de ser uma mera peça do sistema.
Eu revindico o direito de me dopar com soma.
O direito de ser pré-condicionada a não sentir.
A não me importar.
A não me preocupar.
E a não esperar.A não alimentar esperanças, sonhos, ou perspectivas de um futuro feliz.
Porque a felicidade é imediata, provida por 4 pílulas que restaura a ordem utópica das emoções pré programadas.
Eu revindico o direito de ser uma alfa mais.Ou mesmo um patético Ípslon, que ama ser um Ípsilon e está feliz com sua condição.
Eu revindico o direito de ser um Bernard Marx, uma Lenina Crowne, uma Fanny Crowne ou um Helmhotz Watson.
Eu revindico o direito de ser uma máquina de não sentir.

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